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O valor do rádio é sustentado por 03 fatores

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Eu adoro rádio!

A revolução digital está sendo cruel com jornais e revistas impressos e a TV aberta (ok, exceto a Globo), mas o rádio teima em continuar sendo relevante.

Escrevo isso inspirado por um trabalho que li recentemente “O rádio e a adaptação à nova era das tecnologias da comunicação e informação” de autoria de Antônio Francisco Magnoni e Kelly De Conti Rodrigues da Unesp de Bauru.
Nessa pesquisa, os acadêmicos concluem que o rádio sempre utilizou a tecnologia a seu favor, adaptando e incorporando no seu dia-a-dia as novidades tecnológicas de forma mais rápida que as outras mídias. Hoje, no mundo multiplataforma que vivemos, isso não está sendo diferente e ele mostra-se igualmente competente em misturar internet, celular, redes sociais, ondas radiofônicas e conexão digital nas suas transmissões diárias.
Lembro-me também de um trabalho que conduzi para duas grandes emissoras de rádio onde entrevistei uma série de ouvintes, dos mais variados perfis, onde pude constatar que a (arrebatadora) vida digital é complementada pela velocidade e abrangência do rádio.

Em síntese, o estudo que realizei mostrou que o valor do rádio é sustentado por três fatores:
“INFOTENIMENTO” — As pessoas podem ter mais de mil músicas gravadas em seu celular, mas será no rádio onde elas buscarão os lançamentos. Aliás, vez ou outra, elas se cansam de sua playlist e buscam o shufle do rádio para descontrair. Além disso, a informação sempre carregada de opinião ajuda o ouvinte a contextualizar-se nos mais diversos assuntos.
“ACESSIBILIDADE” — É o rádio do carro que informa e entretém quando as pessoas não podem tirar os olhos do trânsito para checar seu celular. O mesmo acontece em casa ou no trabalho.
“CONTIGUIDADE” — Muita gente, mas muita gente mesmo, recorre ao rádio para ouvir jogos e informações do time coração ou da cidade quando não estão sendo transmitidos em outro lugar. Existe uma infinidade de notícias disponíveis na internet, mas é no rádio que as pessoas ouvirão a notícia local não divulgada em grandes portais ou nas redes sociais.
Tenho ouvido que a vida das emissoras não está fácil pois faltam anunciantes e há um grande número de críticos argumentado que e o dial está tomado por rádios religiosas de baixa qualidade. Uma pena isso.
As agências e anunciantes precisam olhar com mais carinho para essa mídia, principalmente agora que estão olhando com mais atenção para as mídias digitais. O rádio é importante pois sabe viver nesse mundo digital e não será destruído por ele.

Autor: Fabio Basso, profissional em inteligência de negócios e marketing

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